Cueca virada?
Não seria Grôstoli, ou Crostolli, Faworki, Frape, Bugie, Angel Wings, Chrusciki, Chiacchiere, Filhó, Orelha de Gato e mais uma pergunta, o que tudo isso tem a ver com o Carnaval?
Sim, o bolinho pode ter todos esses nomes, pode ser originário da Itália ou da Polônia, é popular em muitos lugares do mundo e tem uma legião de fãs no Sul do Brasil.
Na polônia é Faworki; na França Bugnes; nos Estados Unidos, Angel Wings; na Itália Crostoli ou Chiacchiere e em Portugal Filhó.
Ele faz parte de minhas memórias afetivas.
Minha mãe sempre fez Cueca Virada em casa e durante minha infância e sempre soubemos que bastava chover para que tivéssemos essas gostosuras no café da tarde.
Agora o que isso tem a ver com Carnaval?
Tudo.
O Carnaval é o período maior de indulgência para a Cristandade, o período da farra, da gulodice e dos excessos.
A festa tem sua origem na Antiguidade Clássica quando se festejavam os deuses pagãos, essas festas duravam dias, os papéis sociais se invertiam e as amarras sociais eram desfeitas.
O Cristianismo adotou e adaptou essas festas como uma forma de compensação antes do período de restrição imposto pela Quaresma.
Aqui aparecem nossa Cueca Virada.
Ela é o doce por excelência do Carnaval italiano desde a época romana.
Na Itália tem um nome dependendo da região:
- Lombardia: chiacchiere e lattughe.
- Toscana: cenci e donzelle.
- Emília Romana: frappe e sfrappole.
- Trentino: cròstoli.
- Vêneto: galani e gale.
- Piemonte: bugie
Bom, vamos deixar de “prosa” e vejamos a receita.
Outra receita carregada de história que chegou por aqui com os imigrantes é o Strudel. Clique no link para descobrir todos os segredos dessa outra delícia.
Como vocês podem notar, mudei o layout das receitas. O vídeo está incorporado no corpo da publicação e os ingredientes e instruções estão mais destacados.
Espero que tenham gostado.