O Dia Internacional das Mulheres foi criado em 1910 num contexto de lutas feministas por melhores condições de vida e de trabalho, além do direito ao voto.
Sim, é um dia de reflexão e crítica sobre as condições de vida da mulher na sociedade, sua liberdade de escolha, suas oportunidades profissionais e sua segurança física e psicológica.
Nesse momento histórico, em que até a palavra Feminismo é vista com preconceito, essa cozinheira, mulher e mãe de outra mulher, acha fundamental trazer uma pequena lista dos motivos pelos quais todos nós deveríamos ser feministas.
- RANKING DA VIOLÊNCIA: O Brasil ocupa a 5ª posição no ranking global de homicídios de mulheres, entre 83 países elencados pela Organização das Nações Unidas (ONU), atrás apenas de El Salvador, Colômbia, Guatemala e Rússia. A violência doméstica e familiar é a principal forma de violência letal praticada contra as mulheres no Brasil. A cada sete homicídios de mulheres, quatro foram praticados por pessoas que tinham relações íntimas de afeto com a vítima.
- MUTILAÇÃO E ESTUPRO: Uma em cada três mulheres no mundo já sofreu violência física ou sexual, cerca de 120 milhões de meninas já foram submetidas a sexo forçado e 133 milhões de mulheres e meninas sofreram mutilação genital, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU). Estimativas da ONU revelam que pelo menos 200 milhões de meninas e mulheres no mundo sofreram alguma forma de mutilação genital feminina, em 30 países.
- REPRESENTATIVIDADE NA POLÍTICA: Brasil tem uma das taxas mais baixas no mundo de presença das mulheres no Congresso Nacional. De acordo com dados da União Interparlamentar, as mulheres no mundo são 22,6% dos representantes do povo no Poder Legislativo. No nosso país elas são apenas 8,6%.
- MENINAS REFUGIADAS: De acordo com a ONU, há um aumento alarmante no número de meninas sírias refugiadas na Jordânia sendo forçadas a casamentos precoces. A guerra na Síria está levando refugiados a negociarem o casamento de meninas adolescentes com homens muito mais velhos. O mesmo também é observado no Líbano e no Egito.
- INFANTICÍDIO: Nas nações árabes, assim como países do Norte da África e parte da Ásia, a quantidade de homens é superior à de mulheres. O infanticídio feminino é uma das principais explicações para essa diferença em alguns países como a China e a Índia.
- ESPECIALIZAÇÕES: Uma pesquisa feita em 14 países mostrou que a probabilidade de estudantes do sexo feminino obterem um diploma de bacharel, mestrado ou doutorado em ciências ou em áreas relacionadas é de menos da metade, se comparadas aos homens.
- MERCADO DE TRABALHO: Em geral, apenas um quarto das mulheres empregadas está no setor formal. Em regiões em desenvolvimento, até 95% do emprego das mulheres é informal. Elas também ainda “carregam o fardo de trabalho de assistência não remunerado”, segundo o relatório.
As disparidades não param por aí: a publicação revela que em todo mundo, as mulheres recebem 24% menos que os homens. As diferenças salariais para mulheres com filhos são ainda maiores.
- ESCOLARIDADE: Quase 16 milhões de meninas entre seis e 11 anos de idade nunca terão a chance de aprender a ler ou a escrever. O total é o dobro na comparação com os meninos. Este é o principal dado de um atlas sobre desigualdade de gênero na educação, lançado pela Unesco, em antecipação ao Dia Internacional da Mulher.
Fonte: Dia Internacional da Mulher: 8 motivos para ser feminista
Se esses dados não lhe convence, pense em sua filha, real ou hipotética, e se pergunte se essa é a realidade que você quer para ela.